Até
quando é hora de aprender?
Taísa Adamowicz
Farmacêutica com pós-graduação em Dor e Acupunturista,
Doutora em Fisiologia (UFPR)
“A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar
e aprender ainda mais.”
Nesta semana fiz um novo amigo, um menino de 7 anos de idade, super esperto e dono de comentários típicos de adultos e não de crianças de sua idade. Estávamos conversando sobre a escola e de repente ele mudou de assunto e disse que estava aprendendo a andar de bicicleta sem rodinhas. Então perguntei se ele me ensinaria. Ele me olhou com surpresa, como quem não acredita (que alguém adulto não sabe andar de bicicleta sem rodinhas) e com toda sinceridade de uma criança de 7 anos, falou: “eu não acredito”. Pensou mais um pouco e disse: “nunca é tarde”, acenando positivamente com a cabeça, como quem realmente acredita no que está falando.
Horas mais tarde, a conversa
com o menino me veio à mente e isso me fez lembrar de uma entrevista que
assisti alguns dias atrás, em que a Dra. Lúcia Willadino Braga - uma neurocientista
admirável – falou um pouco de seu trabalho (reabilitação de pessoas com lesões
cerebrais) e contou histórias que já viveu, inclusive uma ocasião em que
recebeu uma proposta milionária, a qual recusou dizendo “Claro que eu não podia aceitar. Porque eu tenho um compromisso com a
Saúde Pública do meu país”.
Nessa entrevista ela mostrou um caso de um
senhor que aprendeu a ler depois de adulto e mostrou com imagens (ressonância
magnética funcional) as alterações das redes neuronais (conexões entre os
neurônios) que a aprendizagem trouxe a este homem. Como ela disse, “O que importa
é o que a gente usa”. Desmistificando a ideia de que pessoas com mais idade não
poderiam aprender coisas novas.
Lembrando de meu novo amigo, que
citei no início deste texto, e da
sabedoria de seus 7 anos de idade ”nunca é tarde” para aprender coisas novas.
Bora
aprender algo diferente hoje?
Link da entrevista da Dra.
Lúcia Braga no Programa do Jô
Link do artigo sobre a Dra.
Lúcia Willadino Braga na Revista Veja
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