sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Hora de aprender

Até quando é hora de aprender?

Taísa Adamowicz
Farmacêutica com pós-graduação em Dor e Acupunturista, Doutora em Fisiologia (UFPR)

“A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar e aprender ainda mais.”

Nesta semana fiz um novo amigo, um menino de 7 anos de idade, super esperto e dono de comentários típicos de adultos e não de crianças de sua idade. Estávamos conversando sobre a escola e de repente ele mudou de assunto e disse que estava aprendendo a andar de bicicleta sem rodinhas. Então perguntei se ele me ensinaria. Ele me olhou com surpresa, como quem não acredita (que alguém adulto não sabe andar de bicicleta sem rodinhas) e com toda sinceridade de uma criança de 7 anos, falou: “eu não acredito”. Pensou mais um pouco e disse: “nunca é tarde”, acenando positivamente com a cabeça, como quem realmente acredita no que está falando.
Horas mais tarde, a conversa com o menino me veio à mente e isso me fez lembrar de uma entrevista que assisti alguns dias atrás, em que a Dra. Lúcia Willadino Braga - uma neurocientista admirável – falou um pouco de seu trabalho (reabilitação de pessoas com lesões cerebrais) e contou histórias que já viveu, inclusive uma ocasião em que recebeu uma proposta milionária, a qual recusou dizendo “Claro que eu não podia aceitar. Porque eu tenho um compromisso com a Saúde Pública do meu país”.



 Nessa entrevista ela mostrou um caso de um senhor que aprendeu a ler depois de adulto e mostrou com imagens (ressonância magnética funcional) as alterações das redes neuronais (conexões entre os neurônios) que a aprendizagem trouxe a este homem. Como ela disse, “O que importa é o que a gente usa”. Desmistificando a ideia de que pessoas com mais idade não poderiam aprender coisas novas.


Lembrando de meu novo amigo, que citei no início deste texto,  e da sabedoria de seus 7 anos de idade ”nunca é tarde” para aprender  coisas novas.
Bora aprender algo diferente hoje?

Link da entrevista da Dra. Lúcia Braga no Programa do Jô

Link do artigo sobre a Dra. Lúcia Willadino Braga na Revista Veja



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